domingo, 31 de maio de 2020

PILARES DE LUZ





        


PILARES  DE LUZ

                                                        

Os Pilares de luz são um fenômeno óptico formados pela reflexão da luz do sol ou da lua por cristais de gelo que estão presentes na atmosfera terrestre. Um pilar de luz toma a aparencia de estreitas colunas que, por vezes, se estendem verticalmente acima ou abaixo da fonte de luz. Estes são proeminentemente visíveis quando o sol se encontra baixo ou abaixo do horizonte. Provenientes do sol, os pilares podem ser denominados de pilar do sol ou pilar solar. No entanto, este fenómeno pode ocorrer a partir da lua ou de fontes terrestres, tais como da iluminação pública.

                                                         

Quando a noite fica assustadoramente escura e a temperatura fica bem mais baixa que o normal, você provavelmente nem consegue se imaginar saindo de sua casa. No entanto, se você estiver em determinadas partes do mundo e resolver olhar para fora, poderá ver feixes misteriosos de luz se estendendo pelo céu. Essas exibições de luz incrivelmente coloridas até podem parecer coisas sobrenaturais, mas nada mais são do que simples fenômenos ópticos atmosféricos chamados “pilares de luz”.

                                                         


Os pilares de luz podem ser vistos em muitas partes diferentes do mundo e em cores variadas, a depender do espectro visual da fonte de luz que eles refletem. A natureza e suas misteriosas fontes de beleza nunca deixam de nos surpreender, sendo que esses pilares de luz não são exceção, mas ainda há mais a aprender sobre esses estranhos fenômenos visuais.


                 

Os pilares de luz ocorrem quando pequenos cristais de gelo hexagonais e planos se formam em regiões mais baixas da atmosfera do que o comum, criando uma espécie de espelho gigante que reflete a luz emitida por uma fonte qualquer — como as luzes de casas, carros e das cidades.

                                                     


Esse fenômeno óptico bastante surpreendente é visível apenas em temperaturas extremamente baixas quando cristais de gelo se formam na atmosfera. Essas placas de cristais de gelo se orientam hexagonalmente enquanto flutuam pela atmosfera, de modo que as suas superfícies coletivas agem como um espelho gigante que reflete a luz que as atinge. Com isso, a luz refletida promove todo o espetáculo, sendo que quanto mais densos e grandes forem os cristais de gelo, mais interessante será esse efeito.

Então, o que acontece é que, em vez de viajar para o espaço, as luzes acabam sendo refletidas de volta à Terra pelos cristais de gelo, criando a ilusão dos pilares. As cores, aliás, costumam ser as mesmas das fontes luminosas e, por isso, os feixes aparecem coloridos. Na realidade, os pilares de luz tem algo em comum com as auroras boreais sim: eles se formam em regiões muito, muito frias, como é o caso do Canadá no inverno.

                                     

                                                   

Os pilares de luz foram também conhecidos por suscitarem a falsos relatórios de OVNIs. Niágara Falls é um dos locais, onde a névoa das Cataratas do Niágara faz com que o fenômeno apareça com frequência durante os meses de inverno, onde os cristais de gelo interagem com a cidade, onde existe vários holofotes estão voltados para o local com o propósito de criação de proeminentes pilares de luz.





CAVERNAS DE CRISTAIS





Caverna dos Cristais (em castelhano Cueva de los Cristales) é uma caverna situada na mina de Naica no estado mexicano de Chihuahua. 
A cidade de Chihuahua é a capital do estado mexicano de Chihuahua, com uma população de aproximadamente 748.551. A atividade predominante é a industrial. A mina de Naica encontra-se a 100km ao N.E. Chihuahua, México, lar de duas cavernas quentes que contêm os maiores cristais naturais do mundo



Esta caverna, com dimensões aproximadas de 10 por 30 metros, contém no seu interior cristais gigantes de selenite, alguns dos maiores cristais naturais já encontrados no mundo.O maior cristal tem 11 metros de comprimento (algumas fontes alegam ter 12 metros), 4 metros de diâmetro e pesa cerca de 55 toneladas. O ambiente no interior da caverna é extremamente agressivo, com a temperatura a atingir máximos de 58 °C e 90 a 100 % de umidade.

                                          



FORMAÇÃO DOS CRISTAIS

A mina de Naica se encontra numa falha por cima de uma câmara de magma, o que gera as condições necessárias para formação dos cristais. O enorme calor gerado pelo magma aqueceu a água que se encontrava retida nas câmaras, que ficou saturada/impregnada de diversos minerais, nomeadamente Gipsita. Estas câmaras encontraram-se submersas e saturadas de minerais, durante 500.000 anos aproximadamente, durante os quais a água manteve uma temperatura estabilizada de 50 °C, o que permitiu aos cristais crescerem e tomarem dimensões bastante elevadas.


                                   


Os dados mostraram que o mineral conhecido como selenita se cristalizou a temperaturas entre 54ºC e 58ºC, quando toda a caverna estava submersa. Simulando essas condições, descobriram que, a 55ºC sob a água, levaria 990 mil anos para que o cristal chegasse a um metro de diâmetro. Já a 56ºC, ele teria se formado em muito menos tempo: 500 mil anos.
Segundo um trabalho publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, eles teriam levado quase um milhão de anos para se formar. Os pesquisadores da Universidade de Granado utilizaram uma técnica com um feixe de luz branca para determinar as propriedades do cristal.


DESCOBERTA



                          

Em 1910 os trabalhadores descobriram uma câmara abaixo dos trabalhos da mina de Naica, a gruta/caverna das Espadas (es. cueva de las Espadas). Encontra-se a 120 m de profundidade acima da Caverna dos Cristais e contem espetaculares, embora pequenos em dimensão (1 m comprimento), cristais em forma de espada. Crê-se que nesta zona as temperaturas de transição tenham diminuído mais rápido, o que interrompeu o crescimento dos cristais. A câmara com os cristais gigantes foi descoberta em 2000, por trabalhadores que escavam um túnel de ligação. 


                                          

A Caverna dos Cristais tem a forma de U e encontra-se em solo calcário. O seu chão está coberto de incríveis cristais tendo o maior aproximadamente 11 m de comprimento e 4 m diâmetro. As grutas encontram-se acessíveis hoje pois os trabalhadores da mina extraem a água com bombas de água. Se a extração fosse interrompida, as câmaras encheriam-se novamente de água. Duas outras câmaras foram descobertas em 2000, a caverna de Queen’s Eye e a caverna das Velas (Candles's cave) e, em 2009 numa outra escavação, foi descoberta outra câmera, a maior profundidade, a que chamaram Palácio do Gelo/Palácio Gelado (Ice Palace) que fica a 150 m de profundidade e não se encontrava submersa o que não permitiu aos cristais desenvolverem-se.

                                        


A exploração destas grutas é bastante difícil, por não ser segura uma vez que esta coberta de cristais afiados, mas também devido às condições. A sua temperatura e umidade não permite ao ser humano uma exposição superior a 10 minutos. Como tal cientistas criaram fatos adequados às circunstâncias, com circuitos de arrefecimento ligados a uma mochila de aprox. 20 kg cheia de água gelada e gelo, o que lhes permitiu períodos de aproximadamente 30 minutos de exploração.
Micróbios estranhos foram encontrados dentro de cristais maciços na mina de Naica, no México. Os pesquisadores suspeitam que eles estiveram vivendo lá por até 50.000 anos.
As criaturas estavam adormecidas a milhares de anos e agora os cientistas conseguiram extrai-las e acorda-las.


“Esses organismos são tão incríveis”, disse a astrobióloga Penelope Boston, diretora do Instituto de Astrobiologia da NASA, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) em Boston.
Pesquisadores já encontraram vida dentro das paredes da caverna e perto dos cristais – uma expedição de 2013 a Naica relatou a descoberta de criaturas prosperando nas fontes quentes e salinas no complexo sistema de cavernas.
Mas quando Boston e sua equipe extraíram o líquido das minúsculas lacunas dentro dos cristais e os enviaram para serem analisados, perceberam que não só havia vida dentro, mas que era diferente de tudo o que eles tinham visto no registro científico.

                                  


“Nesse ponto, devemos deixar claro que a descoberta ainda não foi publicada em um periódico revisado, de modo que até que outros cientistas tenham a oportunidade de examinar a metodologia e os achados, não podemos considerar a descoberta definitiva ainda.”
A equipe também precisará convencer a comunidade científica de que os resultados não são o resultado de contaminação – estes micróbios são invisíveis a olho nu, o que significa que é possível que eles se ligaram ao equipamento de perfuração e fez parecer que vieram de dentro dos cristais.




“Em defesa”, Boston e sua equipe dizem que tomaram todas as precauções para se certificar de que seu equipamento foi esterilizado, e cita o fato de que as criaturas que encontraram dentro dos cristais eram semelhantes, mas não idênticos aos que vivem em outra parte da caverna, como evidência para apoiar suas afirmações.
Os exploradores creem na existência de outras câmaras, tanto abaixo como em frente da Caverna dos Cristais, entretanto, sua exploração não é viável, uma vez que teriam de destruir os cristais existentes. Ficou estabelecido que mais tarde as câmaras seriam novamente seladas e o nível da água irá assegurar o crescimento dos cristais.
Essa taxa de crescimento de cristais de um bilionésimo de metro por dia é a mais lenta já observada. Agora que sabem que a formação tem cerca de 1 milhão de anos, os espeleólogos começam a buscar bolsões líquidos dentro dos cristais e esperam, quem sabe, encontrar microrganismos vivendo na caverna.




O professor de geologia da Universidade de Plymouth, Grã-Bretanha, Iain Stewart acompanhou a equipe da BBC durante a expedição e afirmou que, embora esteja sob perspectiva de fechamento novamente, há muitas chances de que existam outras cavernas como esta no mundo. Maravilhado com tamanha beleza, o geólogo disse: “É um lugar glorioso, parece uma exposição de arte moderna”.
Stewart acredita que, quando a situação financeira das minas mudar, Naica será fechada outra vez, as bombas de água retiradas e o local inundado, impossibilitando as visitas. O jeito é observarmos as fotos e torcer para que outras sejam encontradas e preservadas.
A caverna é agora protegida por lei e a mineração foi parada, além de proibida.
É interessante notar a semelhança do local com a Fortaleza da Solidão,