domingo, 31 de maio de 2020

PILARES DE LUZ





        


PILARES  DE LUZ

                                                        

Os Pilares de luz são um fenômeno óptico formados pela reflexão da luz do sol ou da lua por cristais de gelo que estão presentes na atmosfera terrestre. Um pilar de luz toma a aparencia de estreitas colunas que, por vezes, se estendem verticalmente acima ou abaixo da fonte de luz. Estes são proeminentemente visíveis quando o sol se encontra baixo ou abaixo do horizonte. Provenientes do sol, os pilares podem ser denominados de pilar do sol ou pilar solar. No entanto, este fenómeno pode ocorrer a partir da lua ou de fontes terrestres, tais como da iluminação pública.

                                                         

Quando a noite fica assustadoramente escura e a temperatura fica bem mais baixa que o normal, você provavelmente nem consegue se imaginar saindo de sua casa. No entanto, se você estiver em determinadas partes do mundo e resolver olhar para fora, poderá ver feixes misteriosos de luz se estendendo pelo céu. Essas exibições de luz incrivelmente coloridas até podem parecer coisas sobrenaturais, mas nada mais são do que simples fenômenos ópticos atmosféricos chamados “pilares de luz”.

                                                         


Os pilares de luz podem ser vistos em muitas partes diferentes do mundo e em cores variadas, a depender do espectro visual da fonte de luz que eles refletem. A natureza e suas misteriosas fontes de beleza nunca deixam de nos surpreender, sendo que esses pilares de luz não são exceção, mas ainda há mais a aprender sobre esses estranhos fenômenos visuais.


                 

Os pilares de luz ocorrem quando pequenos cristais de gelo hexagonais e planos se formam em regiões mais baixas da atmosfera do que o comum, criando uma espécie de espelho gigante que reflete a luz emitida por uma fonte qualquer — como as luzes de casas, carros e das cidades.

                                                     


Esse fenômeno óptico bastante surpreendente é visível apenas em temperaturas extremamente baixas quando cristais de gelo se formam na atmosfera. Essas placas de cristais de gelo se orientam hexagonalmente enquanto flutuam pela atmosfera, de modo que as suas superfícies coletivas agem como um espelho gigante que reflete a luz que as atinge. Com isso, a luz refletida promove todo o espetáculo, sendo que quanto mais densos e grandes forem os cristais de gelo, mais interessante será esse efeito.

Então, o que acontece é que, em vez de viajar para o espaço, as luzes acabam sendo refletidas de volta à Terra pelos cristais de gelo, criando a ilusão dos pilares. As cores, aliás, costumam ser as mesmas das fontes luminosas e, por isso, os feixes aparecem coloridos. Na realidade, os pilares de luz tem algo em comum com as auroras boreais sim: eles se formam em regiões muito, muito frias, como é o caso do Canadá no inverno.

                                     

                                                   

Os pilares de luz foram também conhecidos por suscitarem a falsos relatórios de OVNIs. Niágara Falls é um dos locais, onde a névoa das Cataratas do Niágara faz com que o fenômeno apareça com frequência durante os meses de inverno, onde os cristais de gelo interagem com a cidade, onde existe vários holofotes estão voltados para o local com o propósito de criação de proeminentes pilares de luz.





CAVERNAS DE CRISTAIS





Caverna dos Cristais (em castelhano Cueva de los Cristales) é uma caverna situada na mina de Naica no estado mexicano de Chihuahua. 
A cidade de Chihuahua é a capital do estado mexicano de Chihuahua, com uma população de aproximadamente 748.551. A atividade predominante é a industrial. A mina de Naica encontra-se a 100km ao N.E. Chihuahua, México, lar de duas cavernas quentes que contêm os maiores cristais naturais do mundo



Esta caverna, com dimensões aproximadas de 10 por 30 metros, contém no seu interior cristais gigantes de selenite, alguns dos maiores cristais naturais já encontrados no mundo.O maior cristal tem 11 metros de comprimento (algumas fontes alegam ter 12 metros), 4 metros de diâmetro e pesa cerca de 55 toneladas. O ambiente no interior da caverna é extremamente agressivo, com a temperatura a atingir máximos de 58 °C e 90 a 100 % de umidade.

                                          



FORMAÇÃO DOS CRISTAIS

A mina de Naica se encontra numa falha por cima de uma câmara de magma, o que gera as condições necessárias para formação dos cristais. O enorme calor gerado pelo magma aqueceu a água que se encontrava retida nas câmaras, que ficou saturada/impregnada de diversos minerais, nomeadamente Gipsita. Estas câmaras encontraram-se submersas e saturadas de minerais, durante 500.000 anos aproximadamente, durante os quais a água manteve uma temperatura estabilizada de 50 °C, o que permitiu aos cristais crescerem e tomarem dimensões bastante elevadas.


                                   


Os dados mostraram que o mineral conhecido como selenita se cristalizou a temperaturas entre 54ºC e 58ºC, quando toda a caverna estava submersa. Simulando essas condições, descobriram que, a 55ºC sob a água, levaria 990 mil anos para que o cristal chegasse a um metro de diâmetro. Já a 56ºC, ele teria se formado em muito menos tempo: 500 mil anos.
Segundo um trabalho publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, eles teriam levado quase um milhão de anos para se formar. Os pesquisadores da Universidade de Granado utilizaram uma técnica com um feixe de luz branca para determinar as propriedades do cristal.


DESCOBERTA



                          

Em 1910 os trabalhadores descobriram uma câmara abaixo dos trabalhos da mina de Naica, a gruta/caverna das Espadas (es. cueva de las Espadas). Encontra-se a 120 m de profundidade acima da Caverna dos Cristais e contem espetaculares, embora pequenos em dimensão (1 m comprimento), cristais em forma de espada. Crê-se que nesta zona as temperaturas de transição tenham diminuído mais rápido, o que interrompeu o crescimento dos cristais. A câmara com os cristais gigantes foi descoberta em 2000, por trabalhadores que escavam um túnel de ligação. 


                                          

A Caverna dos Cristais tem a forma de U e encontra-se em solo calcário. O seu chão está coberto de incríveis cristais tendo o maior aproximadamente 11 m de comprimento e 4 m diâmetro. As grutas encontram-se acessíveis hoje pois os trabalhadores da mina extraem a água com bombas de água. Se a extração fosse interrompida, as câmaras encheriam-se novamente de água. Duas outras câmaras foram descobertas em 2000, a caverna de Queen’s Eye e a caverna das Velas (Candles's cave) e, em 2009 numa outra escavação, foi descoberta outra câmera, a maior profundidade, a que chamaram Palácio do Gelo/Palácio Gelado (Ice Palace) que fica a 150 m de profundidade e não se encontrava submersa o que não permitiu aos cristais desenvolverem-se.

                                        


A exploração destas grutas é bastante difícil, por não ser segura uma vez que esta coberta de cristais afiados, mas também devido às condições. A sua temperatura e umidade não permite ao ser humano uma exposição superior a 10 minutos. Como tal cientistas criaram fatos adequados às circunstâncias, com circuitos de arrefecimento ligados a uma mochila de aprox. 20 kg cheia de água gelada e gelo, o que lhes permitiu períodos de aproximadamente 30 minutos de exploração.
Micróbios estranhos foram encontrados dentro de cristais maciços na mina de Naica, no México. Os pesquisadores suspeitam que eles estiveram vivendo lá por até 50.000 anos.
As criaturas estavam adormecidas a milhares de anos e agora os cientistas conseguiram extrai-las e acorda-las.


“Esses organismos são tão incríveis”, disse a astrobióloga Penelope Boston, diretora do Instituto de Astrobiologia da NASA, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) em Boston.
Pesquisadores já encontraram vida dentro das paredes da caverna e perto dos cristais – uma expedição de 2013 a Naica relatou a descoberta de criaturas prosperando nas fontes quentes e salinas no complexo sistema de cavernas.
Mas quando Boston e sua equipe extraíram o líquido das minúsculas lacunas dentro dos cristais e os enviaram para serem analisados, perceberam que não só havia vida dentro, mas que era diferente de tudo o que eles tinham visto no registro científico.

                                  


“Nesse ponto, devemos deixar claro que a descoberta ainda não foi publicada em um periódico revisado, de modo que até que outros cientistas tenham a oportunidade de examinar a metodologia e os achados, não podemos considerar a descoberta definitiva ainda.”
A equipe também precisará convencer a comunidade científica de que os resultados não são o resultado de contaminação – estes micróbios são invisíveis a olho nu, o que significa que é possível que eles se ligaram ao equipamento de perfuração e fez parecer que vieram de dentro dos cristais.




“Em defesa”, Boston e sua equipe dizem que tomaram todas as precauções para se certificar de que seu equipamento foi esterilizado, e cita o fato de que as criaturas que encontraram dentro dos cristais eram semelhantes, mas não idênticos aos que vivem em outra parte da caverna, como evidência para apoiar suas afirmações.
Os exploradores creem na existência de outras câmaras, tanto abaixo como em frente da Caverna dos Cristais, entretanto, sua exploração não é viável, uma vez que teriam de destruir os cristais existentes. Ficou estabelecido que mais tarde as câmaras seriam novamente seladas e o nível da água irá assegurar o crescimento dos cristais.
Essa taxa de crescimento de cristais de um bilionésimo de metro por dia é a mais lenta já observada. Agora que sabem que a formação tem cerca de 1 milhão de anos, os espeleólogos começam a buscar bolsões líquidos dentro dos cristais e esperam, quem sabe, encontrar microrganismos vivendo na caverna.




O professor de geologia da Universidade de Plymouth, Grã-Bretanha, Iain Stewart acompanhou a equipe da BBC durante a expedição e afirmou que, embora esteja sob perspectiva de fechamento novamente, há muitas chances de que existam outras cavernas como esta no mundo. Maravilhado com tamanha beleza, o geólogo disse: “É um lugar glorioso, parece uma exposição de arte moderna”.
Stewart acredita que, quando a situação financeira das minas mudar, Naica será fechada outra vez, as bombas de água retiradas e o local inundado, impossibilitando as visitas. O jeito é observarmos as fotos e torcer para que outras sejam encontradas e preservadas.
A caverna é agora protegida por lei e a mineração foi parada, além de proibida.
É interessante notar a semelhança do local com a Fortaleza da Solidão,

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Mamoa de Bougon

HISTORIA  DE ALGUMAS CONSTRUÇÕES  ANTIGAS DO MUNDO QUE OS CIENTISTAS NÃO CONSEGUEM EXPLICAR



A humanidade tem por instinto deixar marcas nos lugares onde habita ou já habitou. Algumas dessas construções feitas pelo homem resistiram bravamente contra as ações naturais do tempo, mudanças e evoluções de épocas e até do próprio ser humano, permanecendo firmes e fortes do jeitinho que foram feitas. São as chamadas construções ou monumentos históricos, que existem até hoje para nos lembrar de nosso passado.



Mamoa de Bougon


Uma mamoa ou tumulus (plural tumuli) é um montículo artificial que cobre uma câmara dolménica. Pode ser de terra, revestida por uma couraça de pequenas pedras imbricadas, ou ser apenas constituída por pedras, sendo então designada usualmente por «cairn», do escocês càrn (que se pronuncia 'kern').




As mamoas ou tumuli apresentam geralmente uma forma oval ou circular. Eram edificadas com pedra e areia e tinham a finalidade de protejer o dólmen, cobrindo-o completamente. Eram estruturas de tamanho variável, podendo atingir quarenta metros, que tapavam completamente a câmara e o corredor, quando este existia. As couraças de revestimento das mamoas feitas de terra, que possivelmente ainda seriam visíveis na altura da construção, acabariam provavelmente por ficar mais ou menos revestidas por vegetação algum tempo depois.






O nome mamoa origina dos romanos aquando da sua chegada à Península Ibérica, que deram o nome de mammulas a estes monumentos, pela sua semelhança com o seio de uma mulher. Embora hoje sejam muito raras as mamoas que apresentam um volume hemisfério, devido aos agentes erosivos e às violações de que foram alvo, a sua forma seria em geral a de uma calote esférica.





Cada mamoa (ou tumulus) teria a função de esconder e proteger a sepultura, conferindo-lhe, ao mesmo tempo, maior monumentalidade. É possível que tivesse também, em certos casos, proporcionado um plano inclinado para o transporte da tampa da câmara da anta até à sua posição definitiva.

Se fossem apenas feitas com terra, as mamoas teriam sido facilmente desfeitas pela erosão expondo, por sua vez, os túmulos à erosão. Por essa razão, a terra é escorada com pedras formando uma couraça protectora à superfície e uma espécie de suporte de contenção que rodeia a mamoa na periferia. A técnica de construção das mamoas demonstra geralmente uma hábil solução arquitectónica feita para durar, sem usar argamassa. Encontram-se pedras especialmente afeiçoadas para melhor se inserirem no espaço que preenchem e interstícios preenchidos por pequenas pedras angulosas, partidas intencionalmente, para reforçar a estrutura.  


                                                     



Em Portugal, as mamoas estão normalmente dispostas em grupos, ocupando zonas planas, normalmente planálticas, em regra “pobres” para a agricultura e à margem de caminhos actuais ou antigos. Nas chãs (zonas planálticas) da Serra da Aboboreira, em Baião, Portugal, já foram identificados mais de 4 dezenas de monumentos megalíticos, distribuídos em cerca de 12 grupos.

Estas sepulturas megalíticas monumentais correspondem com certeza a relíquias de antepassados importantes, não correspondendo ao modo mais usual de as comunidades neolíticas enterrarem os seus mortos comuns. Estes monumentos funerários devem ter tido um significado simbólico importante e devem ter sido sobretudo «túmulos para os vivos», como disse um autor britânico (tomb for the living). Ou seja, destinavam-se provavelmente mais aos vivos do que aos mortos. E é possível que cada núcleo ou grupo de mamoas correspondesse aos antepassados míticos de uma determinada família ou linhagem, facultando-lhe uma referência para a sua identidade.


                                                              


O dólmen, escondido debaixo de uma colina artificial (a mamoa), era como um «útero» abrigado do olhar, onde se colocavam relíquias «no interior da terra». Podemos imaginar que essa deposição de relíquias funerárias seria, a nível de significação simbólica, como que um regresso de um humano ao útero do ventre materno da Terra Mãe.

O hábito de usar «cairns», ou seja montes artificiais de pedras, em cima dos túmulos Neolíticos poderá ter estado também relacionado com a dissuasão dos violadores de túmulos.

domingo, 24 de maio de 2020

Cairn de Barnenez

HISTORIA  DE ALGUMAS CONSTRUÇÕES  ANTIGAS DO MUNDO QUE OS CIENTISTAS NÃO CONSEGUEM EXPLICAR



A humanidade tem por instinto deixar marcas nos lugares onde habita ou já habitou. Algumas dessas construções feitas pelo homem resistiram bravamente contra as ações naturais do tempo, mudanças e evoluções de épocas e até do próprio ser humano, permanecendo firmes e fortes do jeitinho que foram feitas. São as chamadas construções ou monumentos históricos, que existem até hoje para nos lembrar de nosso passado.



Cairn de Barnenez

O monte de pedras de Barnenez (também: Barnenez Tumulus , Barnenez Mound ; em bretão Karn Barnenez ; em francês : Cairn de Barnenez ou Tumulus de Barnenez ) é um monumento neolítico localizado perto de Plouezoc'h , na península de Kernéléhen, no norte de Finistère , Bretanha ( França) ) Data do início do neolítico , por volta de 4800 aC. Juntamente com os megálitos de Tumulus de Bougon e Locmariaquer , também localizados na Grande França Ocidental, é um dos primeiros
monumentos megalíticos da Europa e uma das mais antigas estruturas artificiais do mundo .  Também é notável pela presença de arte megalítica .




Datas

As datas de radiocarbono indicam que a primeira fase do monumento foi erguida entre 4850 e 4250 aC, e a segunda fase entre 4450 e 4000 aC.

Uso secundário 

A cerâmica encontrada dentro e ao redor do monumento indica que passou por um período de reutilização na Idade do Bronze , no terceiro milênio aC.


Reconhecimento como um monumento antigo 

O monte de pedras foi mapeado pela primeira vez em 1807, no contexto do cadastro napoleônico . Seu primeiro reconhecimento científico ocorreu no contexto de um congresso acadêmico em Morlaix, em 1850, quando foi classificado como um tumulo .





Danos Quarry 

Propriedade privada até a década de 1950, o monte de pedras era usado como pedreira para pedras de pavimentação. Essa atividade, que ameaçava destruir o monumento, só foi interrompida após a descoberta de várias de suas câmaras na década de 1950. A comunidade local assumiu o controle do site.



Restauração e escavação 

O monte de pedras foi restaurado entre 1954 e 1968. Ao mesmo tempo, a vegetação foi removida do monte e escavações sistemáticas ocorreram dentro e ao redor do monumento.



O monumento



O monte de pedras de Barnenez
Hoje, o monte de pedras Barnenez tem 72 m de comprimento, até 25 m de largura e mais de 8 m de altura. É construído de 13.000 a 14.000 toneladas de pedra. Ele contém 11 câmaras inseridas por passagens separadas. O monte tem fachadas íngremes e um perfil escalonado . Várias paredes internas representam fachadas anteriores ou serviram à estabilidade da estrutura. O monte de pedras consiste em blocos de pedra relativamente pequenos, com apenas as câmaras de caráter verdadeiramente megalítico. O monumento tem vista para a Baía de Morlaix , provavelmente uma planície costeira fértil no momento de sua montagem.




Fases de construção 

O monumento é o resultado de pelo menos duas fases da construção.

Monte de pedras 1, antes de 4500 aC 
Em uma primeira fase, um monte ligeiramente trapezoidal de 32 m por 9 a 13 m foi erguido. Continha 5 câmaras e estava rodeado por um meio-fio duplo. A primeira fase favoreceu o uso de dolerita .
Monte 2, c. 4200 - c. 3900 aC 
Em uma segunda fase, uma extensão com mais seis câmaras foi adicionada no oeste. Ao mesmo tempo, o Cairn 1 foi envolvido em uma estrutura mais ampla e mais alta; suas passagens tiveram que ser estendidas. Mais granito foi utilizado nesta fase.




As câmaras 

As 11 câmaras do monte de pedras de Barnenez são do tipo conhecido como Dolmen à couloir na terminologia arqueológica francesa. O termo se traduz aproximadamente como " túmulo de passagem ". Eles são construídos com grandes lajes de ardósia e granito . Originalmente, todas as câmaras eram totalmente fechadas pelo monte. O fato de vários deles estarem parcialmente expostos agora é o resultado das pedreiras modernas.

Cada uma das 11 câmaras é alcançada a partir do sudeste por uma passagem longa e estreita (7 a 12 m de comprimento). Eles estão dispostos paralelamente um ao outro. Formas e técnicas de construção diferem ligeiramente.

Em nove casos, passagens estreitas levam a câmaras com campainhas . Normalmente, a abóbada de mísula repousa sobre ortostatos, em uma câmara na verdade fica no chão, formando verdadeiros tholos . As passagens têm paredes de pedra secas ou construídas com lajes e são cobertas com lajes. Uma das câmaras possui uma ante-câmara abobadada de pedra seca.












Logística 

Um metro cúbico do monte de pedras de Barnenez contém 1.500 kg de pedra. Estima-se que a extração, modelagem, transporte e construção desse valor represente cerca de quatro dias úteis para um único trabalhador (assumindo um dia de 10 horas). O monumento original, Cairn 1, tinha um volume de cerca de 2.000 metros cúbicos; é construído com 1.000 toneladas de granito e 3.000 toneladas de dolerita. Seria, portanto, necessário 15.000 a 20.000 dias úteis; em outras palavras, seriam necessários 200 trabalhadores três meses para montar o Cairn 1 sozinho. Em sua forma final, o monte Barnenez é quase três vezes maior que a primeira fase.




Símbolos gravados 

Símbolos gravados ocorrem em várias câmaras e passagens. Eles representam arcos, machados, símbolos de ondas ou cobras e um sinal repetido em forma de U. Uma das lajes 

domingo, 28 de maio de 2017

As pedras que se movem







Segundo o blog Reporter Net , houve um estudo científico com o objetivo de explicar o fenômeno realizado por Robert P. Sharp, do Departamento de Geologia do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Foram selecionadas 25 pedras, deu nome a cada uma delas gravando na superfície de cada uma o seu nome correspondente marcando também a posição de cada um uma estaca de metal.
Depois de cinco anos de observação, Sharp chegou às seguintes conclusões:
1. 28 das 30 rochas se moveram, deixando trilhas de até 260 metros;
2. Os movimentos acompanhavam a direção dos ventos:
3. Haviam sinais de que as rochas deviam ter se movido quando a superfície estava molhada, ou seja, em períodos correspondentes a invernos muito úmidos.
Até hoje ninguém conseguiu explicar por que, misteriosamente, pedras de centenas de quilos deslocam-se do seu ponto de origem pelo deserto de Death Valley. Alguns pesquisadores atribuem tal fenômeno aos fortes ventos e superfície gelada, mas esta teoria não explica, no entanto, porque as pedras se movem lado a lado, em ritmo e direções diferentes. ASlém disso, cálculos físicos não apóiam plenamente esta teoria.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ATLANTIDA - O CONTINENTE PERDIDO


A Lenda de Atlantida
Desde a época de Platão, filósofos, estudiosos e escritores tem nos fornecido as mais diversas teorias sobre a Atlântida. longo da história, encontramos os mais diversos estudos sobre este assunto, dos mais diversos autores. Existem alguns estudos bastantes conhecidos e outros, nem tanto. Um exemplo clássico é o livro A Nova Atlântida, de Sir Francis Bacon. Escrito em 1638, apontava a Atlântida como sendo, simplesmente, a América.
A LENDA
A lenda de Platão, o filósofo grego, foi preservada por pastores egípcios desde o ano 400 a.C.. Ela descreve dois diálogos que se referem a uma viagem de Sólon ao Egito, onde ele soube que os sacerdotes egípcios de Sais possuíam registros escritos sobre "uma ilha continental além das Colunas de Hércules chamada Atlântida, o centro de um grande e maravilhoso império" com uma grande população, cidades de telhados de ouro, frota e exércitos poderosos para invasão e conquistas. A Atlântida é descrita como uma civilização avançada, um império de engenheiros e cientistas, tão ou mais avançados tecnologicamente que a nossa civilização. Segundo a lenda, desapareceu há cerca de 12 mil anos em meio a enchentes e terremotos, forçando seus sobreviventes a se refugiarem por todo o mundo. Há séculos exploradores e cientistas buscam em vão esta civilização perdida. A maioria dos pesquisadores concorda com os estudos realizados no século XVII pelo padre Kircher, o qual afirmou que o continente desaparecido situava-se a oeste do estreito de Gibraltar, ou seja, submerso em algum lugar do Atlântico. Porém, esta não é a única teoria. O primeiro relato sobre a existência de Atlantis, vem do filósofo grego Platão, que viveu de 427 a 347 a.C. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates (470 a 399 a.C.), muito respeitado pelo seu sistema de idéias, bem como pela postulação da imortalidade da alma humana, que exerceu influência sobre os padres da Igreja e filósofos cristãos. Os leigos conhecem-no pelo ensinamento do amor platônico e os entendidos pelo sistema das idéias, como, sendo um dos grandes pensadores da humanidade. Platão escreveu seus pensamentos em forma de diálogos entre o sábio e o discípulo para evitar a monotonia filosófica. As informações sobre Atlântida acham-se escritas nos diálogos "Timeu" que focaliza a terra de Atlântida, ao passo que o de "Crítias" caracteriza sua civilização. "Crítias" é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão, que transcreve informações que recebeu do seu "avô", que por sua vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C., em Atenas. As informação revela a história de um sacerdote egípcio de Sais, sendo a seguinte: havia em épocas remotas, ou seja, cerca de 9.000 anos antes de Platão, um poderoso Império, situado numa ilha que se encontrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha tinha um comprimento de 3.000 estádios de 2.000 de largura (um estádio é igual a 185 metros) o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados. Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas. O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O primeiro parece ter sido Atlas. Seu irmão Gadir governava uma outra parte da ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules. Houve também uma guerra entre Atlântida e Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha Atlântida afundou--se no mar e desapareceu. Esta história era bem conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Quem não acreditou nela foi Aristóteles (384 a 322 a.C.). Os filósofos cristãos da antigüidade e da Idade Média conheciam este mito. São vários os relatos de lendas parecidas com a descrita por Platão em seus diálogos. Lendas que contavam sobre uma mesma civilização avançada como a dos atlantes, mas de origens culturais, nomes, tamanhos e até localizações diferentes. As histórias foram sobrevivendo aos movimentos sócio-culturais ao passar dos séculos e até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, houve várias tentativas de explicação racional desta história. Entretanto, poucos convenceram mais que o próprio mito. Como foi dito, as principais referências para Atlântida foram os diálogos entitulados "Timeu" e "Crítias" de Platão. Um trata do âmbito geográfico e outro do social e do político. Havia há 9000 anos, no mesmo local onde se encontra Atenas, uma grande cidade. Essa surpreendente informação foi cedida ao estadista Grego Sólon (-559 a.C) por um sábio egípcio de Sais. Essa fundação foi corroborada por documentos achados em templos há 8000 anos. Estes documentos informam também que havia um vasto Império numa ilha fora das Colunas de Hércules, maior que a Líbia e a Ásia juntas (na época, só era conhecida uma faixa costeira da África e a Ásia era uma pequena faixa da Turquia, hoje conhecida por Ásia Menor). Sendo um grande e rico Império, seu poderoso exército invadiu os povos costeiros do Mar Mediterrâneo para dominá-los, mas a coragem e a arte bélica dos gregos conseguiram rechaçar esta ofensiva por um tempo. Como numa proteção divina para a Grécia, veio uma época em que houve terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite horríveis, onde desapareceu todo o exército atlântico. No auge de sua civilização, Atlântida fora engolida pelo Oceano. Em seu diálogo, Platão diz: "Houve uma guerra dos "atlantas" que habitavam uma ilha fora das Colunas de Herácles, maior que a Líbia e a Ásia, contra nosso estado de Atenas que conseguimos rechaçar. Esta ilha desapareceu mais tarde por um terremoto e imergiu no oceano". Na distribuição do Mundo pelos deuses, o deus Possêidon recebeu a ilha Atlântida. Casou-se com a princesa "Kleito". Para a segurança desta construiu em volta do castelo 3 anéis circulares de canais e um outro canal de 50 estádios de comprimento até o mar permitindo a navegação de trieras. O primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho de Possêidon (irmão de Zeus) e Kleito. A fortaleza real tinha um diâmetro de 5 estádios protegida por uma muralha de pedras. Dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo consagrado a Possêidon cercado com um muro de ouro. Este templo tinha um estádio (185 metros) de comprimento e três pletros (92,5 metros) de largura. A altura era de tal forma escolhida visando agradar a vista. O templo era inteiramente revestido de prata, exceto as alveias que eram de ouro. A cidade (possivelmente chamada de Posseidônia) situava-se dentro de uma planície retangular de 3.000 por 2.000 estádios cercado por um canal de 10.000 estádios de comprimento e com profundidade de um pletro. "Crítia" é maior e mais complexo do que "Timeo". Além da origem da civilização, que é descrita detalhadamente, Platão nos fornece também descrições sobre a organização social, política, sua legislação perfeita e a geografia da ilha com sua rica fauna e flora. A origem da Lenda de Atlântida é atribuída à Platão, mas existe em várias outras parte do mundo e em épocas diferentes, histórias que contam uma história muito parecida com a contada pelo filósofo grego. Cada uma, obedece à cultura e crenças de suas regiões, mas as semelhanças e coincidências são no mínimo inquietantes. Mas não somente lendas. Vários mapas, desenhos e documentos foram encontrados em tempos e lugares diferentes. Para muitos pesquisadores e esotéricos, essas "provas" ajudam a confirmar a existência de "Atlântida". A história nos conta que a Antártica não foi descoberta até 1818, mas 305 anos antes. em 1513, um grande almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e oeste da América do Sul e o norte da Antártica. O Mapa foi descoberto acidentalmente em 1929 no palácio-museu de Topkapi, em Istambul. Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que esse, foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Os mapas mostram com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses. Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, como por exemplo a "falta" do Estreito de Drake (entre América do Sul e a Antártica) e a ilha de Cuba ligada à península da Florida. As investigações continuam para se saber a origem de tais mapas e como foram feitos com um grau de precisão impressionante. Não há dúvida que o almirante Piri Reis obteve fontes da mais alta confiabilidade. Só nos resta agora saber "quem" fez esses mapas. Muitos estudiosos e cartógrafos, dentre eles o Dr. Arlington H. Mallery que fez todo o trabalho de medição e aferição dos mapas acreditam em que eles têm uma origem muito remota. Pelas pequenas diferenças tamanho e coordenadas, acredita-se em que os mapas tenham sido feitos há 9000, um pouco antes da última Era Glacial. Outro fator defendido por todos é que os mapas foram feitos por uma civilização com grande capacidade técnica e tecnológica. Juntando todos os fatos, coincidências e evidências, são poucos os pesquisadores que não pensam na palavra "Atlântica" nessa altura dos estudos. Não foram apenas na Grécia e na Turquia que aparecerem fatos e lendas sobre a existência de "outras civilizações" que viveram aqui há milhares de anos. Uma das mais curiosas, foi encontrada em escavações arqueológicas no Peru. Em 1960, no meio do deserto peruano de Ocucaje, perto da cidade de Ica, foram encontrados artefatos de pedra de uma antiga e perdida civilização. Esses artefatos feitos em pedra, retirados da chamada "Biblioteca de Pedra" nos mostra cenas fantásticas de uma civilização com um alto nível cultural e técnico. O artefato mais intrigante é o mapa-mundi de 10.000 anos de idade. Como uma civilização poderia ter mapeado todo o globo terrestre há milhares de anos? Pode-se ver sem o menor esforço, a América do Sul ligada à Antártica, o que mostra que o mapa foi feito durante a Era Glacial. Mas o ponto mais espetacular do mapa, é o aparecimento de um gigantesco continente, chamado MU, no meio do Pacífico.
LENDAS DE UM DILÚVIO
Como uma civilização tão avançada assim poderia sumir sem deixar vestígios? Para muitos estudiosos, dentre eles o Dr. Javier Cabrera Darquera que é curador do museu que existe no local, não resta dúvida que essa civilização morava no continente MU e que no fim da Era Glacial, fora completamente engolido pelos mares. Coincidência com o fato de Atlântida, segundo Platão, também ter sido engolida? Diante de tantos fatos curiosos, não é normal que se pense que esse mítico continente MU seja, em outra língua, o famoso Continente Atlântico, mesmo que no oceano errado? Mas porque o mito de Atlântida é tão difundido? Porque um diálogo escrito por um filósofo grego há mais de 2000 anos conseguiu transpor os limites acadêmicos da filosofia, história e arqueologia e se tornou numa das lendas mais conhecidas de todos os tempos? Sabemos que a tradição do dilúvio, pelo menos a lembrança dele, é comum a todos os povos do mundo, com excessão dos polinésios. Esta mesma tradição, narrada no Gênesis, era comum tanto aos babilônios, assírios, persas, egípcios, gregos, italiano quanto às cidades-Estado da Ásia Menor - sem mencionar os povos do Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Cáspio e até mesmo Índia e China. Seria fácil explicar a propagação da história de um dilúvio e da "arca dos escolhidos" na Ásia, pelas grandes rotas das caravanas. Porém, como explicar que os nórdicos e os celtas tenham histórias semelhantes? Imagine então explicar a semelhança entre as histórias dos povos americanos, as quais narram um dilúvio e embarcações vindas do oriente... É impressionante as características em comum entre todas as "lendas". Vejamos algumas:
- De acordo com o que pode ser resgatado de antigos documentos astecas, o México também foi visitado por Noé. Era conhecido como Coxcox, Teocipactli ou Tezpi. Segundo os documentos, Coxcox se salvou junto com sua esposa num barco, deixando a arca então no Monte Colhuacau. Pinturas retratando o grande dilúvio foram encontradas entre os astecas, os mistecas, os zapotecas, os tlascalanos e muitos outros;
- Os maias também deixaram crônicas gravadas em hieróglifos, as uais foram quase que totalmente destruídas pelos espanhóis durante as guerras de conquista. Porém, seu conteúdo permaneceu vivo na memória das pessoas e foi transcrito para uma crônica em latim. Essa crônica, entitulada Popol Vuh, retrata um grande cataclisma e um dilúvio ocorrido em uma terra a qual era considerada como sendo o paraíso na Terra;
- Os primeiros colonizadores da América do Norte deixaram relatos que as tribos dos Grandes Lagos possuiam uma lenda a qual falava de uma grande inundação e de um salvador, ou "Noé"; - Os hopi sustentam que houve um lugar que for a destruído por conta da violência e da corrupção e os iroqueses contam que apenas um homem, uma mulher e um casal de cada raça animal se salvou;
- Na Colômbia, os índios chibchas possuem uma lenda que só difere da dos gregos nos nomes empregados aos deuses. Ambas as lendas mencionam um deus que sustentava os céus ( e às vezes a Terra ) e um grande dilúvio no qual as águas teriam escorrido através de um buraco aberto na superfície da Terra;
- Os incas também possuiam a tradição do dilúvio. Há uma lenda inca que conta que as chuvas teriam durado 60 dias e 60 noites, ou seja, 20 a mais do que na Bíblia;
- A lenda de Tamandaré, dos índios guaranis, também retrata um dilúvio e a salvação de um casal no alto de uma montanha;
- Há uma tradição que afirma que Quetzalcoatl, o deus branco dos astegas e toltecas, voltou para o seu país no mar do leste, depois de haver fundado a civilização tolteca. Esse mesmo deus era adorado entre os maias sob o nome de Kukulkán.
Todas as lendas dos povos americanos coincidem com as lendas dos povos do mediterrâneo, da África e da Ásia. Qual seria a explicação para isso então? Como explicar que índios colombianos contem exatamente a mesma história que os gregos?
Na Idade do Bronze no Mediterrâneo, a civilização etrusca não resistiu aos romanos, mesmo sendo detentora de carros e armas de bronze, desaparecendo. Esta cultura, habitante da Ligúria e cujo alfabeto ainda não foi decifrado, foi identificada por Platão como sendo uma colônia da Atlântida. Se realmente o foi, talvez nunca venhamos a saber.
SOBREVIVENTES BIOLOGICOS
Quando chegaram ao México, os espanhóis foram informados que os astecas tinham vindo de uma terra no mar, chamada Aztlán. Os espanhóis se conveceram então de que os astecas eram descendentes de habitantes da Atlântida. O próprio nome asteca significa "povo de Az", ou Aztlán ( os astecas costumavam denominar-se Tenocha ou Nahua ). Lendas preservadas durantes muitos séculos entre os astecas, maias, toltecas, chibchas, aymarás, quíchuas e tribos da América do Central afirmavam que homens brancos viam do leste para ensinar-lhes as artes da civilização e depois partiam, prometendo voltar. Também na América do Norte foram achadas estátuas e baixos relevos de homens brancos ou negros (não índios) vestidos com roupas muito semelhantes às usadas no mundo mediterrâneo. Exemplo disso são as enormes cabeças de pedra encontradas em Três Zapotes com traços e feições da raça negra assim como as estátuas da cultura olmeca. Estátuas e cerâmicas da cultura maia representando homens brancos com nariz semita, roupas sapatos e elmos completamente diferentes dos usados pelos maias são mais provas de que perdemos algo de nossa história. Documentos dos conquistadores espanhóis relatam índios brancos e negros assim com ameríndios de cabelos ruivos. Dos últimos, restaram as múmias peruanas. Assim sendo, afirmar que todos os índios americanos são descendentes dos asiáticos é, no mínimo, uma super-simplificação. Um estudioso do assunto, fez há alguns anos um comentário que faria marcas profundas em todas as teorias sobre este assunto; ele observou que em sua aparente migração da Ásia para as américas através do Estreito de Bhering, nenhum dos povos asiáticos trouxe consigo seus animais domésticos. O único animal doméstico encontrado pelos espanhóis foi um cachorro, ancestral do Chihuahua, uma raça puramente mexicana. Quanto a essa afirmação, qualquer um poderia retrucar perguntado sobre os animais comuns nos dois continentes, no que eu responderia - seria possível esses homens que migraram para as américas trazerem consigo crocodilos, macacos, veados, leopardos, lobos, panteras e ursos - sem contar algumas espécies de algas e corais as quais com excessão de algumas ilhas perto do continente americano, só existem do outro lado do mundo?... Certamente existiu alguma "ponte" no meio do(s) oceano(s) por onde estes animais puderam passar e que hoje se encontra submersa. Se assim o foi, não teriam os homens que aqui chegaram utilizado o mesmo caminho? Podemos então pensar que toda (ou quase) a fauna das ilhas do Atlântico - moluscos, crustáceos, borboletas, coelhos, bodes, focas e até pessoas são sobreviventes biológicos isolados nos picos de montanhas de um continente há muito afundado? Uma análise genética dessas pessoas isoladas há gerações nestas ilhas "perdidas" do Atlântico talvez possa trazer alguma luz sobre o assunto. A nossa astronomia moderna é considerada motivo de orgulho para todos nós. É dito que chegamos a um nível tecnológico nunca antes atingido. Equipamentos eletrônicos nos ajudam a enxergar planetas e suas luas a milhões de quilômetros no universo, calcular suas órbitas e fazer previsões astronômicas. Tudo isso graças a uma invenção relativamente recente: o telescópio. Mas se o telescópio é tão recente, como explicar o conhecimento dos antigos sobre a trajetória de Urano e que em seu caminho, ele encobre seus satélites? De onde Dante Alighieri teria retirado sua referência ao Cruzeiro do Sul, duzentos anos antes de qualquer europeu tê-lo visto? Como explicar o descobrimento de uma lente cristalina no local de escavações em Nínive, capital da antiga Assíria, representando uma civilização que existiu mil e novecentos anos antes do surgimento das lendas modernas? E o computador marítimo grego de Antikythera, achado num navio naufragado no fundo do Egeu, em 1900, junto com uma estátua de bronze de Poseidon, atualmente, no museu de Atenas? Sua utilizade não foi entendida de momento, mas depois de limpo e estudado, tal não foi o espanto dos cientistas quando descobriram que o aparelho possuía um sistema de engrenagens que formava uma espécie de régua de cálculo para orientação nas navegações. Outro fato o qual chama a atenção é o mistério do advento da civilização egípcia. A primeira dinastia, aproximadamente 3200 a.C. passou de uma cultura neolítica para uma cultura adiantada - quase que da "noite para o dia". Descobriu-se ainda que os egípcios já conheciam e praticavam cirurgias (incluindo-se cirurgias cerebrais!) além de possuírem conhecimentos sobre como curar fraturas expostas etc, o que nos faz pensar que a medicina moderna não é tão moderna assim... De onde os egípcios teriam tirado toda a sua tecnologia e conhecimentos? Como explicar semelhantes idiomas, ferramentas, técnicas de construção, tecnologias e desenhos tanto na Ásia e Europa, quanto nas Américas? Só podemos supor que havia alguma ligação por terra entre estes continentes e que alguma civilização bastante evoluída habitou estas terras dando origem à diversas civilizações como os egípcios, os antecessores dos maias e astecas, os mesopotâmios e outros. Os cientistas ortodoxos tendem a negar a existência de tal civilização, mas como explicar a semelhança de um gigantesco número de palavras do idioma basco com as línguas dos antigos habitantes do continente americano? Como explicar a inegável semelhança entre os tipos físicos dos bascos e dos maias e incas? Podemos citar ainda milhares de outras semelhanças:
- Um dos principais símbolos místicos que habitou os Andes (antes dos incas e maias), a cruz gamada, pertencia também ao misticismo dos árias;
- Também os costumes, lendas e religiões dos povos americanos tem notável semelhança com os correspondentes euro-asiáticos;
- Tanto os aquedutos incas quanto os da Ásia Menor tem o mesmo desenho, e a conhecida pirâmide escalonada do Egito também pode ser encontrada na arquitetura pré-colombiana da América;
- Nos EUA foram encontrados um túmulo pré-colombiano em forma de elefante - em Wisconsin, e uma flauta também em forma de elefante/mamute em Iowa; - Em Palenque, na península de Yucatán, também foram encontradas máscaras de elefantes de baixo relevo; - E o que falar sobre as incríveis imagens as quais só podem ser vistas do ar - e de desenhos riscados no chão localizados em Avebury, na Cornuália, também só visíveis do alto. Na região de La Esmeralda - no Equador - foram encontradas provas de que uma civilização super avançada ali viveu. Na região foram encontrados um espelho côncavo de curva perfeita, indicando que os que ali viveram tinham vasto conhecimento e domínio sobre os conceitos da matemática. Também foram encontradas estatuetas com incrível nível de detalhes, representando homens negros, caucasianos, egípcios, semitas, maias e outras raças desconhecidas, provavelmente extintas. bem provável, para não dizer certo, que os atlantes e esta civilização de mais de 13 mil anos, mantivessem laços culturais fortes e assim trocassem conhecimento sobre o resto do mundo. Algumas descobertas chegam a ser muito desconcertantes, como os brinquedos de rodas do antigo México e os diversos ossos de mamutes, elefantes, leões, tigres, camelos e cavalos primitivos encontrados em toda a América, apesar de nenhum desses animais ali existir quandoos espanhóis chegaram. Seria praticamente impossível prolongar a lista de semelhanças e "coincidências". Ela sobe à casa dos milhares, mas bastam alguns casos para levantar a ponta do mistério. Hoje existem centenas de ceitas e ramos "científicos" que consideram os "atlantes" como seres superiores e místicos. Não são poucos que consideram a própria Atlântida um lugar sagrado e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares graças aos seus poderes e habilidades secretas. Outra vertente, já acredita na origem extraterrena dos "atlantes". As respostas para vários fenômenos, dentre eles conhecido como "Fenômeno UFO" e o misterioso "Triângulo das Bermudas" tenham a mesma origem do Continente Submerso. Também não é descartada a ligação entre a Civilização Atlântida e o suposto "Mundo Interior". Crenças religiosas e esotéricas a parte, é bastante comum hoje em dia, ligar novos mistérios à mistérios antigos da humanidade. Foram escritos até os nossos dias com boa aceitação quase 2.000 livros, sobre a existência de Atlântida baseados em interpretações de lendas e crônicas antigas. Quem começou a preocupar-se seriamente sobre o fundo verdadeiro da Atlântida foi Heinrich Schliemann, o pai da arqueologia moderna. Schliemann era sonhador, gênio lingüístico e comercial além de autodidata. Alemão de origem, aprendeu meia dúzia de línguas, cada uma no período de alguns meses com perfeição surpreendente. Isso aconteceu, por exemplo, no estudo da língua russa. Schliemann nasceu em 1822, na Província de Mecklenburg ao norte da Alemanha. Com vinte e poucos anos ele já era representante de uma casa comercial denominada Schrtider, estabelecida em Amsterdã. Em conseqüência de seus conhecimentos perfeitos da língua russa, foi nomeado representante em São Petersburgo. Pouco mais tarde fundou sua própria firma. Tornou-se, pela primeira vez milionário, pelo comércio de índigo, azeite e chá. Em 1856 aprendeu a língua grega antiga com um sacerdote grego de nome Teocletos Vimpos. Schliemann mudou alguns anos depois para a Califórnia, durante a corrida do ouro, tornando-se pela segunda vez milionário. Voltou em seguida para São Petersburgo e tornou-se, pela terceira vez, milionário como fornecedor de mantimentos ao exército russo, durante a guerra da Criméia. Nessa época casou-se, teve três filhos, mas logo se separou. Em 1869, escreveu de Nova York, onde se tornou cidadão dos Estados Unidos, ao seu antigo amigo Teocletos Vimpos, para que procurasse para ele uma grega jovem, inteligente, bonita, meiga e pobre, com vista a um segundo casamento. O amigo ofereceu a Schliemann uma série de propostas, depois de um anúncio num jornal de Atenas com descrições físicas, intelectuais e fotos. Mas Teocletos tinha em vista sua própria sobrinha "Sofia" de 18 anos (Schliemann tinha naquela ocasião 45 anos). Ela era bonita, inteligente e meiga. O casamento realizou-se rapidamente. Schliemann em breve conseguiu falar o grego moderno, clássico e arcaico e Sofia, sua esposa, resolveu com este casamento a situação financeira desastrosa de sua família. Schliemann leu e releu todas as histórias antigas dos historiadores, filósofos e escritores gregos. Logo realizou seu primeiro sonho: comprovar que a história de Ilíada de Homero não era uma mera lenda, mas uma realidade histórica. Depois de ter obtido do governo turco autorização para fazer escavações em Hissalik, na Ásia Menor, realizou sete campanhas de escavações de grande envergadura, comprovando assim a existência verdadeira de Tróia. Por isso, Schliemann é denominado o pai da arqueologia moderna e admitia-se tudo o que ele dizia sobre outras informações históricas e pré-históricas, inclusive sobre Atlântida. As escavações em Hissalik tiveram entretanto uma interrupção abrupta, quanto Heinrich e Sofia Schliemann encontraram o chamado tesouro de Príamo. Tratava-se de uma coleção de peças de ouro maciço. Burlando a vigília turca, não resistiram à tentação de apoderarem-se daquele achado de valor incalculável e embarcaram com o roubo para a Grécia. Tornaram-se então donos particulares do que pertencia legitimamente ao governo turco. Houve intervenção diplomática séria por parte da Turquia. Assim Tróia ficou permanentemente proibida para os Schliemanns. Schliemann doou o tesouro mais tarde para o Museu de Berlim, cujos cientistas nunca deram muita atenção ao doador pelo simples fato de que ele não tinha carreira universitária. O tesouro de Príamo ficou assim, em Berlim até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando desapareceu definitivamente. A atividade de Schliemann concentrou-se em escavações na Grécia. Encontrou e escavou com êxito a cultura de Micenas, quis escavar Cnosos de Creta, mas o alto preço o desanimou. Cnosos foi escavada mais tarde pelo famoso arqueólogo Arthur Evans (1851-1911). Schliemann morreu em 1890 em Nápoles, deixando, no entanto, notícias vagas sobre a existência de Atlântida, mas mudou do campo científico de comprovações reais na sua interpretação dos textos de Platão sobre Atlântida para o especulativo. Foi desta maneira que despertou um interesse fora do comum no mundo inteiro, especialmente nos meios pseudo-científicos. Assim sendo, a Lenda de Atlândida continua fascinando a humanidade há milhares de anos. Verdade? Mito? Para muitos eruditos, pesquisadores, cientistas, esotéricos e românticos isso não importa. O importante é que os segredos e mistérios que mantemos mais escondidos, façam-nos buscar o conhecimento e viajar pela maravilhosa imaginação humana.