A Lenda de Atlantida
Desde a época de Platão, filósofos, estudiosos e escritores tem nos fornecido as mais diversas teorias sobre a Atlântida. longo da história, encontramos os mais diversos estudos sobre este assunto, dos mais diversos autores. Existem alguns estudos bastantes conhecidos e outros, nem tanto. Um exemplo clássico é o livro A Nova Atlântida, de Sir Francis Bacon. Escrito em 1638, apontava a Atlântida como sendo, simplesmente, a América.
A LENDA
A lenda de Platão, o filósofo grego, foi preservada por pastores egípcios desde o ano 400 a.C.. Ela descreve dois diálogos que se referem a uma viagem de Sólon ao Egito, onde ele soube que os sacerdotes egípcios de Sais possuíam registros escritos sobre "uma ilha continental além das Colunas de Hércules chamada Atlântida, o centro de um grande e maravilhoso império" com uma grande população, cidades de telhados de ouro, frota e exércitos poderosos para invasão e conquistas. A Atlântida é descrita como uma civilização avançada, um império de engenheiros e cientistas, tão ou mais avançados tecnologicamente que a nossa civilização. Segundo a lenda, desapareceu há cerca de 12 mil anos em meio a enchentes e terremotos, forçando seus sobreviventes a se refugiarem por todo o mundo. Há séculos exploradores e cientistas buscam em vão esta civilização perdida. A maioria dos pesquisadores concorda com os estudos realizados no século XVII pelo padre Kircher, o qual afirmou que o continente desaparecido situava-se a oeste do estreito de Gibraltar, ou seja, submerso em algum lugar do Atlântico. Porém, esta não é a única teoria. O primeiro relato sobre a existência de Atlantis, vem do filósofo grego Platão, que viveu de 427 a 347 a.C. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates (470 a 399 a.C.), muito respeitado pelo seu sistema de idéias, bem como pela postulação da imortalidade da alma humana, que exerceu influência sobre os padres da Igreja e filósofos cristãos. Os leigos conhecem-no pelo ensinamento do amor platônico e os entendidos pelo sistema das idéias, como, sendo um dos grandes pensadores da humanidade. Platão escreveu seus pensamentos em forma de diálogos entre o sábio e o discípulo para evitar a monotonia filosófica. As informações sobre Atlântida acham-se escritas nos diálogos "Timeu" que focaliza a terra de Atlântida, ao passo que o de "Crítias" caracteriza sua civilização. "Crítias" é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão, que transcreve informações que recebeu do seu "avô", que por sua vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C., em Atenas. As informação revela a história de um sacerdote egípcio de Sais, sendo a seguinte: havia em épocas remotas, ou seja, cerca de 9.000 anos antes de Platão, um poderoso Império, situado numa ilha que se encontrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha tinha um comprimento de 3.000 estádios de 2.000 de largura (um estádio é igual a 185 metros) o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados. Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas. O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O primeiro parece ter sido Atlas. Seu irmão Gadir governava uma outra parte da ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules. Houve também uma guerra entre Atlântida e Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha Atlântida afundou--se no mar e desapareceu. Esta história era bem conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Quem não acreditou nela foi Aristóteles (384 a 322 a.C.). Os filósofos cristãos da antigüidade e da Idade Média conheciam este mito. São vários os relatos de lendas parecidas com a descrita por Platão em seus diálogos. Lendas que contavam sobre uma mesma civilização avançada como a dos atlantes, mas de origens culturais, nomes, tamanhos e até localizações diferentes. As histórias foram sobrevivendo aos movimentos sócio-culturais ao passar dos séculos e até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, houve várias tentativas de explicação racional desta história. Entretanto, poucos convenceram mais que o próprio mito. Como foi dito, as principais referências para Atlântida foram os diálogos entitulados "Timeu" e "Crítias" de Platão. Um trata do âmbito geográfico e outro do social e do político. Havia há 9000 anos, no mesmo local onde se encontra Atenas, uma grande cidade. Essa surpreendente informação foi cedida ao estadista Grego Sólon (-559 a.C) por um sábio egípcio de Sais. Essa fundação foi corroborada por documentos achados em templos há 8000 anos. Estes documentos informam também que havia um vasto Império numa ilha fora das Colunas de Hércules, maior que a Líbia e a Ásia juntas (na época, só era conhecida uma faixa costeira da África e a Ásia era uma pequena faixa da Turquia, hoje conhecida por Ásia Menor). Sendo um grande e rico Império, seu poderoso exército invadiu os povos costeiros do Mar Mediterrâneo para dominá-los, mas a coragem e a arte bélica dos gregos conseguiram rechaçar esta ofensiva por um tempo. Como numa proteção divina para a Grécia, veio uma época em que houve terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite horríveis, onde desapareceu todo o exército atlântico. No auge de sua civilização, Atlântida fora engolida pelo Oceano. Em seu diálogo, Platão diz: "Houve uma guerra dos "atlantas" que habitavam uma ilha fora das Colunas de Herácles, maior que a Líbia e a Ásia, contra nosso estado de Atenas que conseguimos rechaçar. Esta ilha desapareceu mais tarde por um terremoto e imergiu no oceano". Na distribuição do Mundo pelos deuses, o deus Possêidon recebeu a ilha Atlântida. Casou-se com a princesa "Kleito". Para a segurança desta construiu em volta do castelo 3 anéis circulares de canais e um outro canal de 50 estádios de comprimento até o mar permitindo a navegação de trieras. O primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho de Possêidon (irmão de Zeus) e Kleito. A fortaleza real tinha um diâmetro de 5 estádios protegida por uma muralha de pedras. Dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo consagrado a Possêidon cercado com um muro de ouro. Este templo tinha um estádio (185 metros) de comprimento e três pletros (92,5 metros) de largura. A altura era de tal forma escolhida visando agradar a vista. O templo era inteiramente revestido de prata, exceto as alveias que eram de ouro. A cidade (possivelmente chamada de Posseidônia) situava-se dentro de uma planície retangular de 3.000 por 2.000 estádios cercado por um canal de 10.000 estádios de comprimento e com profundidade de um pletro. "Crítia" é maior e mais complexo do que "Timeo". Além da origem da civilização, que é descrita detalhadamente, Platão nos fornece também descrições sobre a organização social, política, sua legislação perfeita e a geografia da ilha com sua rica fauna e flora. A origem da Lenda de Atlântida é atribuída à Platão, mas existe em várias outras parte do mundo e em épocas diferentes, histórias que contam uma história muito parecida com a contada pelo filósofo grego. Cada uma, obedece à cultura e crenças de suas regiões, mas as semelhanças e coincidências são no mínimo inquietantes. Mas não somente lendas. Vários mapas, desenhos e documentos foram encontrados em tempos e lugares diferentes. Para muitos pesquisadores e esotéricos, essas "provas" ajudam a confirmar a existência de "Atlântida". A história nos conta que a Antártica não foi descoberta até 1818, mas 305 anos antes. em 1513, um grande almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e oeste da América do Sul e o norte da Antártica. O Mapa foi descoberto acidentalmente em 1929 no palácio-museu de Topkapi, em Istambul. Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que esse, foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Os mapas mostram com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses. Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, como por exemplo a "falta" do Estreito de Drake (entre América do Sul e a Antártica) e a ilha de Cuba ligada à península da Florida. As investigações continuam para se saber a origem de tais mapas e como foram feitos com um grau de precisão impressionante. Não há dúvida que o almirante Piri Reis obteve fontes da mais alta confiabilidade. Só nos resta agora saber "quem" fez esses mapas. Muitos estudiosos e cartógrafos, dentre eles o Dr. Arlington H. Mallery que fez todo o trabalho de medição e aferição dos mapas acreditam em que eles têm uma origem muito remota. Pelas pequenas diferenças tamanho e coordenadas, acredita-se em que os mapas tenham sido feitos há 9000, um pouco antes da última Era Glacial. Outro fator defendido por todos é que os mapas foram feitos por uma civilização com grande capacidade técnica e tecnológica. Juntando todos os fatos, coincidências e evidências, são poucos os pesquisadores que não pensam na palavra "Atlântica" nessa altura dos estudos. Não foram apenas na Grécia e na Turquia que aparecerem fatos e lendas sobre a existência de "outras civilizações" que viveram aqui há milhares de anos. Uma das mais curiosas, foi encontrada em escavações arqueológicas no Peru. Em 1960, no meio do deserto peruano de Ocucaje, perto da cidade de Ica, foram encontrados artefatos de pedra de uma antiga e perdida civilização. Esses artefatos feitos em pedra, retirados da chamada "Biblioteca de Pedra" nos mostra cenas fantásticas de uma civilização com um alto nível cultural e técnico. O artefato mais intrigante é o mapa-mundi de 10.000 anos de idade. Como uma civilização poderia ter mapeado todo o globo terrestre há milhares de anos? Pode-se ver sem o menor esforço, a América do Sul ligada à Antártica, o que mostra que o mapa foi feito durante a Era Glacial. Mas o ponto mais espetacular do mapa, é o aparecimento de um gigantesco continente, chamado MU, no meio do Pacífico.
LENDAS DE UM DILÚVIO
Como uma civilização tão avançada assim poderia sumir sem deixar vestígios? Para muitos estudiosos, dentre eles o Dr. Javier Cabrera Darquera que é curador do museu que existe no local, não resta dúvida que essa civilização morava no continente MU e que no fim da Era Glacial, fora completamente engolido pelos mares. Coincidência com o fato de Atlântida, segundo Platão, também ter sido engolida? Diante de tantos fatos curiosos, não é normal que se pense que esse mítico continente MU seja, em outra língua, o famoso Continente Atlântico, mesmo que no oceano errado? Mas porque o mito de Atlântida é tão difundido? Porque um diálogo escrito por um filósofo grego há mais de 2000 anos conseguiu transpor os limites acadêmicos da filosofia, história e arqueologia e se tornou numa das lendas mais conhecidas de todos os tempos? Sabemos que a tradição do dilúvio, pelo menos a lembrança dele, é comum a todos os povos do mundo, com excessão dos polinésios. Esta mesma tradição, narrada no Gênesis, era comum tanto aos babilônios, assírios, persas, egípcios, gregos, italiano quanto às cidades-Estado da Ásia Menor - sem mencionar os povos do Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Cáspio e até mesmo Índia e China. Seria fácil explicar a propagação da história de um dilúvio e da "arca dos escolhidos" na Ásia, pelas grandes rotas das caravanas. Porém, como explicar que os nórdicos e os celtas tenham histórias semelhantes? Imagine então explicar a semelhança entre as histórias dos povos americanos, as quais narram um dilúvio e embarcações vindas do oriente... É impressionante as características em comum entre todas as "lendas". Vejamos algumas:
- De acordo com o que pode ser resgatado de antigos documentos astecas, o México também foi visitado por Noé. Era conhecido como Coxcox, Teocipactli ou Tezpi. Segundo os documentos, Coxcox se salvou junto com sua esposa num barco, deixando a arca então no Monte Colhuacau. Pinturas retratando o grande dilúvio foram encontradas entre os astecas, os mistecas, os zapotecas, os tlascalanos e muitos outros;
- Os maias também deixaram crônicas gravadas em hieróglifos, as uais foram quase que totalmente destruídas pelos espanhóis durante as guerras de conquista. Porém, seu conteúdo permaneceu vivo na memória das pessoas e foi transcrito para uma crônica em latim. Essa crônica, entitulada Popol Vuh, retrata um grande cataclisma e um dilúvio ocorrido em uma terra a qual era considerada como sendo o paraíso na Terra;
- Os primeiros colonizadores da América do Norte deixaram relatos que as tribos dos Grandes Lagos possuiam uma lenda a qual falava de uma grande inundação e de um salvador, ou "Noé"; - Os hopi sustentam que houve um lugar que for a destruído por conta da violência e da corrupção e os iroqueses contam que apenas um homem, uma mulher e um casal de cada raça animal se salvou;
- Na Colômbia, os índios chibchas possuem uma lenda que só difere da dos gregos nos nomes empregados aos deuses. Ambas as lendas mencionam um deus que sustentava os céus ( e às vezes a Terra ) e um grande dilúvio no qual as águas teriam escorrido através de um buraco aberto na superfície da Terra;
- Os incas também possuiam a tradição do dilúvio. Há uma lenda inca que conta que as chuvas teriam durado 60 dias e 60 noites, ou seja, 20 a mais do que na Bíblia;
- A lenda de Tamandaré, dos índios guaranis, também retrata um dilúvio e a salvação de um casal no alto de uma montanha;
- Há uma tradição que afirma que Quetzalcoatl, o deus branco dos astegas e toltecas, voltou para o seu país no mar do leste, depois de haver fundado a civilização tolteca. Esse mesmo deus era adorado entre os maias sob o nome de Kukulkán.
Todas as lendas dos povos americanos coincidem com as lendas dos povos do mediterrâneo, da África e da Ásia. Qual seria a explicação para isso então? Como explicar que índios colombianos contem exatamente a mesma história que os gregos?
Na Idade do Bronze no Mediterrâneo, a civilização etrusca não resistiu aos romanos, mesmo sendo detentora de carros e armas de bronze, desaparecendo. Esta cultura, habitante da Ligúria e cujo alfabeto ainda não foi decifrado, foi identificada por Platão como sendo uma colônia da Atlântida. Se realmente o foi, talvez nunca venhamos a saber.
SOBREVIVENTES BIOLOGICOS
Quando chegaram ao México, os espanhóis foram informados que os astecas tinham vindo de uma terra no mar, chamada Aztlán. Os espanhóis se conveceram então de que os astecas eram descendentes de habitantes da Atlântida. O próprio nome asteca significa "povo de Az", ou Aztlán ( os astecas costumavam denominar-se Tenocha ou Nahua ). Lendas preservadas durantes muitos séculos entre os astecas, maias, toltecas, chibchas, aymarás, quíchuas e tribos da América do Central afirmavam que homens brancos viam do leste para ensinar-lhes as artes da civilização e depois partiam, prometendo voltar. Também na América do Norte foram achadas estátuas e baixos relevos de homens brancos ou negros (não índios) vestidos com roupas muito semelhantes às usadas no mundo mediterrâneo. Exemplo disso são as enormes cabeças de pedra encontradas em Três Zapotes com traços e feições da raça negra assim como as estátuas da cultura olmeca. Estátuas e cerâmicas da cultura maia representando homens brancos com nariz semita, roupas sapatos e elmos completamente diferentes dos usados pelos maias são mais provas de que perdemos algo de nossa história. Documentos dos conquistadores espanhóis relatam índios brancos e negros assim com ameríndios de cabelos ruivos. Dos últimos, restaram as múmias peruanas. Assim sendo, afirmar que todos os índios americanos são descendentes dos asiáticos é, no mínimo, uma super-simplificação. Um estudioso do assunto, fez há alguns anos um comentário que faria marcas profundas em todas as teorias sobre este assunto; ele observou que em sua aparente migração da Ásia para as américas através do Estreito de Bhering, nenhum dos povos asiáticos trouxe consigo seus animais domésticos. O único animal doméstico encontrado pelos espanhóis foi um cachorro, ancestral do Chihuahua, uma raça puramente mexicana. Quanto a essa afirmação, qualquer um poderia retrucar perguntado sobre os animais comuns nos dois continentes, no que eu responderia - seria possível esses homens que migraram para as américas trazerem consigo crocodilos, macacos, veados, leopardos, lobos, panteras e ursos - sem contar algumas espécies de algas e corais as quais com excessão de algumas ilhas perto do continente americano, só existem do outro lado do mundo?... Certamente existiu alguma "ponte" no meio do(s) oceano(s) por onde estes animais puderam passar e que hoje se encontra submersa. Se assim o foi, não teriam os homens que aqui chegaram utilizado o mesmo caminho? Podemos então pensar que toda (ou quase) a fauna das ilhas do Atlântico - moluscos, crustáceos, borboletas, coelhos, bodes, focas e até pessoas são sobreviventes biológicos isolados nos picos de montanhas de um continente há muito afundado? Uma análise genética dessas pessoas isoladas há gerações nestas ilhas "perdidas" do Atlântico talvez possa trazer alguma luz sobre o assunto. A nossa astronomia moderna é considerada motivo de orgulho para todos nós. É dito que chegamos a um nível tecnológico nunca antes atingido. Equipamentos eletrônicos nos ajudam a enxergar planetas e suas luas a milhões de quilômetros no universo, calcular suas órbitas e fazer previsões astronômicas. Tudo isso graças a uma invenção relativamente recente: o telescópio. Mas se o telescópio é tão recente, como explicar o conhecimento dos antigos sobre a trajetória de Urano e que em seu caminho, ele encobre seus satélites? De onde Dante Alighieri teria retirado sua referência ao Cruzeiro do Sul, duzentos anos antes de qualquer europeu tê-lo visto? Como explicar o descobrimento de uma lente cristalina no local de escavações em Nínive, capital da antiga Assíria, representando uma civilização que existiu mil e novecentos anos antes do surgimento das lendas modernas? E o computador marítimo grego de Antikythera, achado num navio naufragado no fundo do Egeu, em 1900, junto com uma estátua de bronze de Poseidon, atualmente, no museu de Atenas? Sua utilizade não foi entendida de momento, mas depois de limpo e estudado, tal não foi o espanto dos cientistas quando descobriram que o aparelho possuía um sistema de engrenagens que formava uma espécie de régua de cálculo para orientação nas navegações. Outro fato o qual chama a atenção é o mistério do advento da civilização egípcia. A primeira dinastia, aproximadamente 3200 a.C. passou de uma cultura neolítica para uma cultura adiantada - quase que da "noite para o dia". Descobriu-se ainda que os egípcios já conheciam e praticavam cirurgias (incluindo-se cirurgias cerebrais!) além de possuírem conhecimentos sobre como curar fraturas expostas etc, o que nos faz pensar que a medicina moderna não é tão moderna assim... De onde os egípcios teriam tirado toda a sua tecnologia e conhecimentos? Como explicar semelhantes idiomas, ferramentas, técnicas de construção, tecnologias e desenhos tanto na Ásia e Europa, quanto nas Américas? Só podemos supor que havia alguma ligação por terra entre estes continentes e que alguma civilização bastante evoluída habitou estas terras dando origem à diversas civilizações como os egípcios, os antecessores dos maias e astecas, os mesopotâmios e outros. Os cientistas ortodoxos tendem a negar a existência de tal civilização, mas como explicar a semelhança de um gigantesco número de palavras do idioma basco com as línguas dos antigos habitantes do continente americano? Como explicar a inegável semelhança entre os tipos físicos dos bascos e dos maias e incas? Podemos citar ainda milhares de outras semelhanças:
- Um dos principais símbolos místicos que habitou os Andes (antes dos incas e maias), a cruz gamada, pertencia também ao misticismo dos árias;
- Também os costumes, lendas e religiões dos povos americanos tem notável semelhança com os correspondentes euro-asiáticos;
- Tanto os aquedutos incas quanto os da Ásia Menor tem o mesmo desenho, e a conhecida pirâmide escalonada do Egito também pode ser encontrada na arquitetura pré-colombiana da América;
- Nos EUA foram encontrados um túmulo pré-colombiano em forma de elefante - em Wisconsin, e uma flauta também em forma de elefante/mamute em Iowa; - Em Palenque, na península de Yucatán, também foram encontradas máscaras de elefantes de baixo relevo; - E o que falar sobre as incríveis imagens as quais só podem ser vistas do ar - e de desenhos riscados no chão localizados em Avebury, na Cornuália, também só visíveis do alto. Na região de La Esmeralda - no Equador - foram encontradas provas de que uma civilização super avançada ali viveu. Na região foram encontrados um espelho côncavo de curva perfeita, indicando que os que ali viveram tinham vasto conhecimento e domínio sobre os conceitos da matemática. Também foram encontradas estatuetas com incrível nível de detalhes, representando homens negros, caucasianos, egípcios, semitas, maias e outras raças desconhecidas, provavelmente extintas. bem provável, para não dizer certo, que os atlantes e esta civilização de mais de 13 mil anos, mantivessem laços culturais fortes e assim trocassem conhecimento sobre o resto do mundo. Algumas descobertas chegam a ser muito desconcertantes, como os brinquedos de rodas do antigo México e os diversos ossos de mamutes, elefantes, leões, tigres, camelos e cavalos primitivos encontrados em toda a América, apesar de nenhum desses animais ali existir quandoos espanhóis chegaram. Seria praticamente impossível prolongar a lista de semelhanças e "coincidências". Ela sobe à casa dos milhares, mas bastam alguns casos para levantar a ponta do mistério. Hoje existem centenas de ceitas e ramos "científicos" que consideram os "atlantes" como seres superiores e místicos. Não são poucos que consideram a própria Atlântida um lugar sagrado e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares graças aos seus poderes e habilidades secretas. Outra vertente, já acredita na origem extraterrena dos "atlantes". As respostas para vários fenômenos, dentre eles conhecido como "Fenômeno UFO" e o misterioso "Triângulo das Bermudas" tenham a mesma origem do Continente Submerso. Também não é descartada a ligação entre a Civilização Atlântida e o suposto "Mundo Interior". Crenças religiosas e esotéricas a parte, é bastante comum hoje em dia, ligar novos mistérios à mistérios antigos da humanidade. Foram escritos até os nossos dias com boa aceitação quase 2.000 livros, sobre a existência de Atlântida baseados em interpretações de lendas e crônicas antigas. Quem começou a preocupar-se seriamente sobre o fundo verdadeiro da Atlântida foi Heinrich Schliemann, o pai da arqueologia moderna. Schliemann era sonhador, gênio lingüístico e comercial além de autodidata. Alemão de origem, aprendeu meia dúzia de línguas, cada uma no período de alguns meses com perfeição surpreendente. Isso aconteceu, por exemplo, no estudo da língua russa. Schliemann nasceu em 1822, na Província de Mecklenburg ao norte da Alemanha. Com vinte e poucos anos ele já era representante de uma casa comercial denominada Schrtider, estabelecida em Amsterdã. Em conseqüência de seus conhecimentos perfeitos da língua russa, foi nomeado representante em São Petersburgo. Pouco mais tarde fundou sua própria firma. Tornou-se, pela primeira vez milionário, pelo comércio de índigo, azeite e chá. Em 1856 aprendeu a língua grega antiga com um sacerdote grego de nome Teocletos Vimpos. Schliemann mudou alguns anos depois para a Califórnia, durante a corrida do ouro, tornando-se pela segunda vez milionário. Voltou em seguida para São Petersburgo e tornou-se, pela terceira vez, milionário como fornecedor de mantimentos ao exército russo, durante a guerra da Criméia. Nessa época casou-se, teve três filhos, mas logo se separou. Em 1869, escreveu de Nova York, onde se tornou cidadão dos Estados Unidos, ao seu antigo amigo Teocletos Vimpos, para que procurasse para ele uma grega jovem, inteligente, bonita, meiga e pobre, com vista a um segundo casamento. O amigo ofereceu a Schliemann uma série de propostas, depois de um anúncio num jornal de Atenas com descrições físicas, intelectuais e fotos. Mas Teocletos tinha em vista sua própria sobrinha "Sofia" de 18 anos (Schliemann tinha naquela ocasião 45 anos). Ela era bonita, inteligente e meiga. O casamento realizou-se rapidamente. Schliemann em breve conseguiu falar o grego moderno, clássico e arcaico e Sofia, sua esposa, resolveu com este casamento a situação financeira desastrosa de sua família. Schliemann leu e releu todas as histórias antigas dos historiadores, filósofos e escritores gregos. Logo realizou seu primeiro sonho: comprovar que a história de Ilíada de Homero não era uma mera lenda, mas uma realidade histórica. Depois de ter obtido do governo turco autorização para fazer escavações em Hissalik, na Ásia Menor, realizou sete campanhas de escavações de grande envergadura, comprovando assim a existência verdadeira de Tróia. Por isso, Schliemann é denominado o pai da arqueologia moderna e admitia-se tudo o que ele dizia sobre outras informações históricas e pré-históricas, inclusive sobre Atlântida. As escavações em Hissalik tiveram entretanto uma interrupção abrupta, quanto Heinrich e Sofia Schliemann encontraram o chamado tesouro de Príamo. Tratava-se de uma coleção de peças de ouro maciço. Burlando a vigília turca, não resistiram à tentação de apoderarem-se daquele achado de valor incalculável e embarcaram com o roubo para a Grécia. Tornaram-se então donos particulares do que pertencia legitimamente ao governo turco. Houve intervenção diplomática séria por parte da Turquia. Assim Tróia ficou permanentemente proibida para os Schliemanns. Schliemann doou o tesouro mais tarde para o Museu de Berlim, cujos cientistas nunca deram muita atenção ao doador pelo simples fato de que ele não tinha carreira universitária. O tesouro de Príamo ficou assim, em Berlim até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando desapareceu definitivamente. A atividade de Schliemann concentrou-se em escavações na Grécia. Encontrou e escavou com êxito a cultura de Micenas, quis escavar Cnosos de Creta, mas o alto preço o desanimou. Cnosos foi escavada mais tarde pelo famoso arqueólogo Arthur Evans (1851-1911). Schliemann morreu em 1890 em Nápoles, deixando, no entanto, notícias vagas sobre a existência de Atlântida, mas mudou do campo científico de comprovações reais na sua interpretação dos textos de Platão sobre Atlântida para o especulativo. Foi desta maneira que despertou um interesse fora do comum no mundo inteiro, especialmente nos meios pseudo-científicos. Assim sendo, a Lenda de Atlândida continua fascinando a humanidade há milhares de anos. Verdade? Mito? Para muitos eruditos, pesquisadores, cientistas, esotéricos e românticos isso não importa. O importante é que os segredos e mistérios que mantemos mais escondidos, façam-nos buscar o conhecimento e viajar pela maravilhosa imaginação humana.